segunda-feira, 31 de maio de 2010

Hospital Penal de Niterói realiza operações cirúrgicas em detentos

Para a melhoria da saúde dos internos, a Seap iniciou, com sucesso, na segunda-feira desta semana (24/05), a prática de operações cirúrgicas no Hospital Penal de Niterói. Primeiramente, foram realizadas cirurgias de extração de PAF (Projétil de Arma de Fogo) e hérnias umbilicais, consideradas pela medicina como operações simples.
O trabalho se desenvolve numa tenda externa, com participação ativa do Corpo de Bombeiros, sob orientação do Major Luiz Otávio que ficou conhecido por atuar na tragédia do Morro do Bumba. Este também, cuida da parte de logística e monitora o abastecimento de diesel do espaço montado.
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, César Rubens Monteiro de Carvalho, compareceu ao Hospital Penal, nesta terça (25/05), e acompanhou de dentro da tenda uma das duas cirurgias que foram realizadas.
Segundo o subdiretor do hospital, José Miguel dos Santos, todos os dias, seis internos que se encontram com necessidade de realizar alguma cirurgia são chamados para duas avaliações que são feitas pelo próprio ambulatório da unidade prisional com determinação do coordenador de segurança e, posteriormente, pela equipe de cirurgiões:
- Nem todos os detentos selecionados podem ou querem realizar a operação porque, em alguns casos, é considerada de alto risco e complicada. A princípio, estamos realizando cirurgias em internos de Bangu 3, que são supervisionados pelos agentes do SOE. Os apenados que operam a hérnia, por exemplo, ficam internados por um dia em observação – explica.
A equipe médica, segundo a enfermeira da Secretaria de Saúde, Glória Maria Sardenberg, é formada por dois cirurgiões, um enfermeiro, um anestesista e dois técnicos de enfermagem. Todos os dias, porém, há dois representantes da Secretaria de Saúde como ela para acompanhar os procedimentos e orientar a equipe.
- Depois da cirurgia, os pacientes são encaminhados pelos inspetores penitenciários com a prescrição médica para o hospital onde é feito o pós-operatório. As cirurgias são simples e acontecem tranquilamente. Até hoje, não encontramos nenhuma dificuldade – conta Glória.
A permanência deste trabalho cirúrgico, realizado nos internos na tenda, terá duração de 30 dias prorrogáveis.

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