quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Seap e Fundação Santa Cabrini entregam 11 mil uniformes confeccionados por presos

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a Fundação Santa Cabrini, apresentaram, nesta terça-feira, dia 29, o novo uniforme dos inspetores e dos internos. As roupas foram confeccionadas por 45 internas do presídio Talavera Bruce, 20 do Centro de Produção e Qualificação Profissional (CPQP), da Escola de Costura Eunice de Freitas Machado e mais 08 internos do presídio Vieira Ferreira Neto.

A solenidade aconteceu no auditório da Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, em Bangu, às 11h.

Foram entregues 11 mil uniformes para as internas e inspetores penitenciários e mais 12 mil cobertores que serão distribuídos pelas unidades prisionais. A expectativa é que todo o material que sempre foi comprado da iniciativa privada seja confeccionado pelos internos para que eles não percam a oportunidade de aprenderem e se qualificarem, ou seja, terem condições de fabricar roupas e, assim, sustentarem a própria família quando tiverem a liberdade plena.

De acordo com o subsecretário Adjunto de Tratamento Penitenciário Marcos Lips, a importância dessa parceria deve-se ao esforço do secretário do Estado de Administração Penitenciária, Cel Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, em dar suporte à Fundação Santa Cabrini para o desenvolvimento de um maior número de atividades junto as internas que compõem hoje o Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro.

- É um projeto muito importante para as internas e para a Secretaria, que acompanhou todas as etapas do processo. Uma grande oportunidade para que as detentas possam desenvolver uma atividade que as ajudarão a obter um sustento próprio futuramente – declarou Marcos Lips.

Segundo o presidente da Fundação Santa Cabrini, Jaime Melo, a instituição está abrindo outras novas oficinas e com isso será atingida a meta de 250 internas trabalhando nas confecções até Janeiro de 2010.

- A Fundação Santa Cabrini tem como missão precípua o gerenciamento do trabalho prisional. Nós estamos ajudando algumas internas e podemos fazer muito mais para ajudar muitas outras pessoas – afirmou Jaime.

Para os inspetores, o uso do uniforme pelos internos ajudará muito na organização e na administração. Segundo Marcelo Marinho, a detenta tem que estar devidamente uniformizada, de forma apropriada para que não seja necessário repreendê-la.

- O uniforme é importante porque padroniza as internas e identifica o profissional dentro da unidade. Numa situação de intervenção, por exemplo, internos e inspetores estarão diferenciados – enfatizou Marcelo Marinho.

A diretora da Unidade Prisional Talavera Bruce, Sônia Maria, acredita que este trabalho ajuda na recuperação das detentas e ajuda as mesmas a não se envolverem em delitos. Por isso, são proporcionados escola e cursos profissionalizantes.

- A intenção é que elas mudem o comportamento, que elas venham a se reintegrar na sociedade e que ganhem crédito com a família de volta. Por outro lado, é muito mais fácil administrar internas com uniforme – garantiu Sônia Maria.

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