Mistura cultural com muita música e talento na quinta edição do Festival da Mulher Presidiária. O concurso buscou a melhor composição musical de oito internas classificadas para a fase final. As apresentações sensibilizaram as concorrentes e os convidados na tarde de terça-feira (22/09), no auditório da Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Bangu.
O concurso contou com a participação de detentas da unidade anfitriã do evento, do Presídio Nelson Hungria e da Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza. As composições apresentadas eram inéditas e autorais. Nove jurados avaliaram o desempenho das cantoras. Sambas, Bossa Nova, Roque, Gospel, MPB e ritmos regionais da Angola deram o embalo para as apresentações, mediadas pela cantora Nega Giza, que representou a Central Única das Favelas (Cufa).
Com “Eu e minha vida”, rap inspirado na vida carcerária, Eveline Aparecida Athayde agitou a plateia e conquistou o primeiro lugar. Aos 27 anos de idade, a interna se emocionou ao receber flores e uma TV 14 polegadas como prêmio.
– Demorei três meses para compor essa música. Essa vitória significa muito para mim e para minha família – revelou.
A segunda e a terceira colocadas foram Ivone Fernandes e Cecília Maximilia, premiadas com um ventilador e uma prancha alisadora, respectivamente. Todas as participantes receberam um kit de produtos Natura.
O som dos tambores e as coreografias do Grupo Afro Reggae, com participação das internas, deram à quadra da unidade prisional a cara da Bahia. O evento também contou com a banda Melanina Carioca e o grupo de pagode Nosso Sentimento.
– Essa foi uma experiência incrível. Faço parte do grupo de teatro do Nós do Morro e sei o quanto é importante que a sociedade se comprometa em levar a arte em qualquer lugar – contou Jonathan Haagensen, que se apresentou com a banda Melanina Carioca.
Já para a cantora e apresentadora do evento, Nega Giza, a grande surpresa foi a variedade de estilos apresentados pelas internas.
– O que me chamou muito atenção foi a diversidade musical – comentou – Essas mulheres encontraram na arte um caminho para aliviar os problemas e as dificuldades. A arte tem o poder de transformar a pessoas e que nunca é tarde para começar uma nova vida – comentou a apresentadora.
Também estiveram presentes no evento o subsecretário Adjunto de Tratamento Penitenciário, Marcos Lips, em representação ao secretário de Estado de Administração Penitenciária; a promotora de Justiça; Maria da Glória Figueiredo; representando a Defensoria Pública do Estado, Fabiana Gama; Neuza das Dores, da ONG Coisa de Mulher; Adriana Madeira, Coordenadora Executiva da Superintendência da Mulher; Nelson Marcondes, produtor executivo do grupo Nós do Morro; Geysa Fernades, representando a Produtora da Unik Digitak; Marco Antonio, editor de moda; Evandro da Silva, representando o Afro Reggae; Tatiana, do Cisc; Janaína Cardoso, Coordenadora do Projeto F4 e Altair Martins, Presidente da ONG Afro Reggae.
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Um comentário:
Adorei seu blog... Tá pra colocar a opção SEGUIDORES???
Beijo grande, té sabado!
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