sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Divisão de Saúde Ocupacional da Seap realiza tratamento contra dependência química

Com a finalidade de prevenir e tratar funcionários usuários e dependentes químicos, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), através do setor de Divisão de Saúde Ocupacional, oferece orientação e tratamento contra o uso progressivo e/ou constante de drogas lícitas e ilícitas. O atendimento é feito as terças e sextas-feiras na Escola de Gestão Penitenciária (EGP), das 10 às 15h, e no ambulatório da Seap as quintas-feiras, das 8 às 16h.
Segundo o terapeuta e técnico em reabilitação de dependentes químicos, Roberto Antunes, os objetivos deste trabalho que ele desempenha são tratar e resgatar o profissional no âmbito familiar e também no trabalho. “Essas pessoas que têm problemas com dependência química, que se tornam doentes, se isolam de colegas e familiares. É preciso resgatá-las para uma vida produtiva. Para que possam recuperar a qualidade de vida como um todo”, explicou Antunes.
De acordo com o especialista, a dependência química é uma doença incurável, mas com o tratamento o paciente passa a ter uma vida normal. Este trabalho já é oferecido há 10 anos no Sistema Penitenciário, mas as pessoas ainda têm preconceito em reconhecer que estão doentes e procurar ajuda. “O medo que geralmente o paciente tem é que as outras pessoas, colegas de trabalho e familiares, descubram que ele tem problema com drogas. Por isso um dos postos de atendimento fica na Escola de Gestão Penitenciária, para que as pessoas não desconfiem que o agente vá até lá buscar tratamento e, com isso, o anonimato é garantido”, declarou.
Roberto Antunes também dá aulas sobre doenças das compulsões na EGP para alunos novos. “Tudo que se faz compulsivamente é considerado doença. Tabagismo, sexo, álcool, compras. E isso deve ser tratado tanto quanto o consumo de drogas ilícitas e lícitas como a anfetamina e anabolizante, por exemplo, que são usados pelas pessoas que estão em busca do emagrecimento e do corpo perfeito. Muitos nem sabem que é doença e que há tratamento dentro do sistema”, enfatizou o terapeuta. Segundo ele, o trabalho com usuários e dependentes de drogas ilícitas é mais difícil porque o paciente não reconhece o consumo de remédios como drogas que fazem mal à saúde.

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